O que é o Setembro Amarelo e qual a Importância dele nas Escolas

Você já ouviu falar do Setembro Amarelo?

Centro de Valorização da Vida (CVV) promove ao longo do mês uma série de campanhas para conscientizar a população brasileira sobre a importância de se discutir o suicídio.

A data se deu como uma forma de estender por um período mais longo as ações do Dia Mundial da Prevenção ao suicídio, 10 de setembro. O desafio é remover da sociedade, com urgência, o tabu de que falar sobre o tema incentiva a prática e fortalecer o senso de que a prevenção é, antes de mais nada, um processo educativo. Dados preocupantes apresentados pela CVV indicam que, por dia, 32 brasileiros se suicidam no país. A grande maioria na faixa etária entre 15 e 35 anos. A taxa é superior às mortes causadas por doenças como câncer e AIDS, o que coloca o problema como uma questão de saúde pública no país. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que nove entre dez casos poderiam ser prevenidos com diálogo, o que reforça a urgência da conscientização começar cedo, dentro de sala de aula.

 

Como abordar o Setembro Amarelo na escola?

É importante que a abordagem do Setembro Amarelo na escola incentive a ausência de julgamentos. Os educadores podem criar situações que estimulem os estudantes a combater processos de estigma e discriminação relacionados ao assunto. Nesse sentido, cabe priorizar o diálogo e mostrar que a solução não está em ignorar os momentos difíceis.

Confira algumas ideias de como promover o Setembro Amarelo na escola:

Palestras: Uma boa maneira de tocar no assunto é por meio de palestras com profissionais da psicologia.

Rodas de conversa e debates: Essas atividades podem dar maior oportunidade de diálogo para os jovens dizerem o que pensam sobre o tema, discutirem suas ideias e tirarem dúvidas.

Cartazes: A fixação de cartazes pela escola também pode ser um bom ponto de partida para atrair a atenção dos jovens para o assunto.

Como notar os fatores de risco nos alunos?

Quem precisa de ajuda pode dar alguns sinais, como:

  • Abandonar amizades e atividades sociais;
  • Perder interesse por atividades que antes traziam prazer;
  • Não se importar com responsabilidades diárias, como os estudos;
  • Demonstrar desequilíbrio emocional, como agitação, irritabilidade ou agressividade;
  • Consumir álcool e outras drogas em excesso;
  • Falar constantemente sobre a morte;
  • Aparentar ter um plano de suicídio estruturado.

Também é pertinente prestar atenção à comunicação não verbal do jovem, como o olhar, a postura e os gestos. No entanto, esses sinais de alerta, principalmente quando manifestados em conjunto, podem ser uma forte indicação de que a pessoa precisa de assistência.

Como ajudar o aluno?

Tente estabelecer uma relação de confiança, buscando ouvir a pessoa sem expressar julgamentos ou opiniões. Demonstre interesse em ajudar e permita que ela relate seus sentimentos. Em casos mais graves, é importante não deixar a pessoa sozinha, contatar seus familiares e amigos e encorajá-la a buscar ajuda profissional.

Abordar a questão do suicídio na escola é uma tarefa delicada, porém, de grande relevância. Campanhas como o Setembro Amarelo são boas oportunidades para iniciar ou intensificar os esforços da instituição em promover a conscientização de toda a comunidade escolar a respeito da seriedade do assunto e, claro, colaborar para prevenir o ato.